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Portefólios Digitais: Revisitando os Princípios e Renovando as Práticas, 2006. Gomes, Maria João.

A leitura deste artigo permitiu-me compreender que os portefólios digitais representam uma evolução significativa em relação aos tradicionais, proporcionando oportunidades de aprendizagem mais reflexiva, personalizada e autónoma.

Destaco, em particular, a importância da reflexividade e da avaliação formativa, que possibilitam ao estudante identificar os seus progressos, dificuldades e estratégias de melhoria. 

Esta abordagem coloca o aluno no centro do processo de aprendizagem, estimulando o desenvolvimento de competências como a organização, a autonomia e o pensamento crítico.

Contudo, a eficácia dos portefólios digitais depende de uma formação adequada dos docentes e de infraestruturas tecnológicas apropriadas. Na ausência destas condições, corre-se o risco de os portefólios se tornarem meros repositórios de documentos, sem verdadeiro valor pedagógico. Acresce ainda que a resistência à mudança por parte de alguns professores e alunos pode limitar o potencial desta ferramenta inovadora.

Acredito que os portefólios digitais têm um papel fundamental na aprendizagem contemporânea, desde que sejam acompanhados de uma orientação pedagógica consistente, de uma integração curricular adequada e de feedback contínuo. A tecnologia, por si só, não assegura melhores resultados - é a forma como é utilizada que determina o impacto na aprendizagem.

Em suma, esta leitura reforçou-me a convicção de que os portefólios digitais constituem uma ferramenta promissora para promover uma aprendizagem ativa e significativa, desde que sejam reconhecidos e superados os desafios inerentes à sua implementação. Percebo, assim, que a inovação educativa depende sempre de um equilíbrio coerente entre tecnologia, pedagogia e prática docente.

Por: Albertina Macunge

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